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Esta categoria contém 28 posts

Recife se preocupa com as grandes obras e esquece as pequenas intervenções que facilitariam o trânsito

RECIFE SE PREOCUPA COM AS GRANDES OBRAS E ESQUECE AS PEQUENAS INTERVENÇÕES QUE FACILITARIAM O TRÂNSITO>>>

de De Olho no Trânsito

O Recife é uma cidade que não se pensa, não se planeja. E, quando o faz, não consegue finalizar o que propõe ou leva décadas para executar. Vive mais tempo inerte do que em movimento. Raramente tira do papel um ou outro projeto, a maioria pensada há mais de 20 ou 30 anos. É como se as gestões não tivessem dimensão do crescimento da cidade. Ignorassem o fato de o Recife possuir 1,6 milhão de habitantes, uma frota registrada de 600 mil veículos e recebesse, em suas vias, mais de 400 mil carros vindos de outras regiões. Muito tem se falado da mobilidade das cidades, que é a capacidade das pessoas de se moverem, mas é comum encontrar na capital pernambucana exemplos de imobilidade. Por toda parte, em vários bairros, nobres ou da periferia. A impressão é de que o sistema viário vai sendo implantado e ampliado aos trancos, em pedaços, muitas vezes sem conexão entre uma obra e outra. São ruas que acabam no nada, ligações que terminam simplesmente porque há imóveis instalados irregularmente no caminho. Continuar lendo

Comissão de Mobilidade realiza audiência pública com taxistas

COMISSÃO DE MOBILIDADE REALIZA AUDIÊNCIA PÚBLICA>>

Para ouvir sugestões e propostas da sociedade, a Comissão Especial de Mobilidade Urbana do Recife realizou audiência pública com taxistas e empresário do setor – a primeira de seis que estão previstas com os segmentos de mobilidade – na manhã desta sexta-feira, 16, no plenarinho da Câmara Municipal do Recife. O presidente do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco, Everaldo Menezes, apresentou um documento com oito propostas de melhorias no sistema de táxi. “Essas alternativas estão sendo estudadas com participação de parceiros e o tema é de extremo interesse da categoria. Estaremos sempre buscando ideias que contribuam para uma melhor qualidade no deslocamento dos cidadãos que aqui vivem”, afirmou.

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Audiência discute acessibilidade e Lei das Calçadas

AUDIÊNCIA DISCUTE ACESSIBILIDADE E LEI DAS CALÇADAS>>

Dando sequência à série de debates junto à população para a construção do Plano Municipal de Transporte e Mobilidade, a Comissão de Mobilidade Urbana, presidida pelo vereador Gilberto Alves (PTN), realizou Audiência Pública nesta sexta (13), no Plenarinho. O tema foi acessibildade e um dos pontos mais discutidos foram as calçadas.

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#painelaurora

#painelaurora>>>

O debate sobre o destino de um terreno de quase 100 mil metros quadrados no Cais José Estelita inaugura o Painel Aurora (#painelaurora), um muro virtual de ideias sobre a cidade e suas pessoas. Arrematada em 2008 por um consórcio de empresas para ser transformada no projeto Novo Recife – um complexo comercial e residencial de 13 torres – a destinação da área desabitada do Cais vem sendo questionada pelo Ocupe Estelita, um movimento que propaga uma redefinição do crescimento urbano do Recife.

http://diariodepernambuco.com.br/painelaurora/

Clipping – Novo Recife

26.03.2012

Recifenses articulam mobilizações online por mudanças na cidade
http://blogs.ne10.uol.com.br/mundobit/2012/03/26/recifenses-articulam-mobilizacoes-online-por-mudancas-na-cidade/

23.03.2012

Novo bairro no Cais José Estelita acende polêmica
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/noticia/2012/03/23/novo-bairro-no-cais-jose-estelita-acende-polemica-36806.php

22.03.2012

Projeto Novo Recife aquece o Plenarinho da Câmara
http://www.folhape.com.br/blogfoco/?p=11915

População debate construção de torres no centro do Recife
http://www.leiaja.com/noticias/2012/populacao-debate-construcao-de-torres-no-centro-do-recife

No Recife, projeto imobiliário no Cais José Estelita gera debate acalorado
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2012/03/no-recife-projeto-imobiliario-no-cais-jose-estelita-gera-debate-acalorado.html

21.03.2012

Múcio Magalhães promove audiência sobre Complexo Novo Recife
http://www.recife.pe.leg.br/noticias/mucio-magalhaes-promove-audiencia-sobre-complexo-novo-recife

24.03.2012

JC Impresso
Grande vazio urbano esquecido por todos
URBANISMO

Em meio à discussão de projeto imobiliário na área dos armazéns do Cais José Estelita, os moradores de São José denunciam a degradação e o abandono da região
Vizinhos do Cais José Estelita, alvo de um projeto imobiliário que prevê a construção de 12 prédios no lugar dos antigos armazéns, desconhecem as mudanças anunciadas para a área, no Centro do Recife. Em meio à polêmica gerada após a apresentação da proposta pela construtora Moura Dubeux, moradores do entorno denunciaram, ontem, o abandono e a depreciação do local, que ainda acumula problemas, como a insegurança e limpeza precária.

A notícia da reocupação de parte do bairro de São José foi recebida de maneiras diferentes. A dona de casa Maria Aparecida da Silva, 64, moradora de um dos últimos imóveis residenciais da Avenida Sul, situada atrás dos galpões, disse que o projeto deve fazer com que ela frequente mais o cais. Isso aqui é um deserto, principalmente à noite, um sufoco até para pegar um ônibus. Pode ser que a revitalização melhore a segurança.
Já a professora Gorete Ferreira, 36, demonstrou uma preocupação. Espero que esse lugar não fique com mais pessoas e carros. Meu medo é de que o barulho aumente. A também moradora da Avenida Sul levanta uma outra discussão em relação à proposta.
Acho que a revitalização deve contemplar a todos. Não há um espaço público para a comunidade e basta chover 20 minutos para essa área ficar alagada. Isso nunca foi resolvido, reivindicou a aposentada Neide Ferreira da Silva, 73.

Morador há 50 anos da Rua Imperial, o aposentado Salvador Martorelli, 71, espera que as mudanças tragam uma melhor infraestrutura. Se as melhorias ficarem somente no cais, não adianta. Esse bairro é basicamente comercial. Para fazer a feira, preciso ir ao Centro, a Afogados ou Boa Viagem. É preciso oferecer serviços a quem reside aqui. Deveriam fazer uma avenida ligando o cais à Dantas Barreto para melhorar a circulação, sugeriu.

Hoje, em frente aos antigos armazéns, há um calçadão que margeia o cais. Apesar de estar conservado e dispor de bancos, o espaço é raramente utilizado. A falta de uma área de lazer e a insegurança, apontada pelos vizinhos do local, são alguns dos fatores que afastam a população. Os entulhos em volta do canteiro de obras da Via Mangue e as pichações na maioria dos galpões contribuem para o cenário de degradação.
Na Avenida Sul, Rua Imperial e demais vias paralelas e transversais ao lugar onde deverá ser erguido o empreendimento, ainda é possível ver casarões abandonados e lixo, acumulado principalmente embaixo do Viaduto Capitão Temudo e do pontilhão do metrô.
Perto dali, na Praça Sérgio Loreto, há um terreno onde deveria ter sido erguido um habitacional com 224 apartamentos para famílias de baixa renda. Uma placa no local indica que a obra, iniciada em 2009, tinha prazo de conclusão de 450 dias. Ontem, não havia ninguém trabalhando no local. Procurada pelo JC, a Prefeitura do Recife não se pronunciou sobre o atraso até o fechamento desta edição, às 21h.

O entorno do José Estelita ainda abriga a comunidade Vila Brasil. Alguns moradores da favela vivem em palafitas, sem água encanada nem serviço de esgoto. Moro com meus quatro filhos. Estou sem emprego porque tenho problema de obesidade e não posso ir para um lugar melhor. Ano passado, João da Costa (prefeito do Recife) esteve aqui e prometeu que a obra do conjunto ia começar em setembro, para tirar a gente daqui. Espero até hoje, contou Cássia Rodrigues da Silva, 34.

Pelo projeto apresentado anteontem pela Moura Dubeux, em audiência na Câmara de Vereadores, a ideia é erguer oito prédios residenciais e quatro edifícios para usos comercial e hoteleiro. Parte da área total 35% é destinada a uso público, para circulação e lazer, como manda a lei municipal.

Também estão previstas praças, ciclovias, bares, restaurantes, quiosques, pista de cooper, abertura e criação de ruas para diminuir o impacto do trânsito na região. Um píer está projetado no cais e fontes luminosas seriam instaladas na bacia do Pina. Os armazéns mais próximos ao Forte das Cinco Pontas são transformados num centro cultural a ser administrado pela Prefeitura do Recife.

A Moura Dubeux integra o Consórcio Novo Recife formado ainda pela Queiroz Galvão, Ara Empreendimentos e GL Empreendimentos , responsável pelo projeto imobiliário.
Ontem, a promotora de Meio Ambiente, Belize Câmara, informou que convocou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e a Diretoria de Preservação e Patrimônio do Recife. Vamos marcar audiência para definir o que não pode ser objeto de intervenção. O encontro deve ocorrer em maio, adiantou. O Ministério Público é contra a construção do empreendimento.


Clipping – Mobilidade

Recife

03.04.2012

Novo Terminal Integrado Aeroporto é inaugurado e deve beneficiar cerca de 20 mil pessoas por dia
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/noticia/2012/04/03/novo-terminal-integrado-aeroporto-e-inaugurado-e-deve-beneficiar-cerca-de-20-mil-pessoas-por-dia-37983.php

02.04.2012

Licitação das linhas de ônibus em discussão no TCE. Participe!
http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/deolhonotransito/2012/04/02/licitacao-das-linhas-de-onibus-em-discussao-no-tce-participe/

Aprovado projeto que proíbe carroças na cidade
http://www.recife.pe.leg.br/noticias/aprovado-projeto-que-proibe-carrocas-na-cidade

29.03.2012

Executivos conhecem o funcionamento do VLT
http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120329073527&assunto=62&onde=VidaUrbana

23.03.2012

Escritório propõe sistema de ciclovias para Recife http://www.piniweb.com.br/construcao/urbanismo/escritorio-propoe-sistema-de-ciclovias-para-recife-254497-1.asp#.T3Dl_Aka7Go.facebook

23.03.2012

Obras viárias do Capibaribe Melhor ligarão Zona Norte e Oeste do Recife
http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/grande-recife/noticia/2012/03/23/obras-viarias-do-capibaribe-melhor-ligarao-zona-norte-e-oeste-do-recife-333773.php

16.03.2012

Audiência Pública para licitação de transporte público no Recife será em abril
http://radiojornal.ne10.uol.com.br/2012/03/16/audiencia-publica-para-licitacao-de-transporte-publico-no-recife-sera-em-abril/

Brasil e Mundo

Taxação de congestionamento como forma de reduzir o tráfego
http://thecityfixbrasil.com/2011/10/19/taxacao-de-congestionamento-como-forma-de-reduzir-o-trafego/

VLT chega em abril no município de Arapiraca
http://tudonahora.uol.com.br/noticia/interior/2011/03/03/132171/vlt-chega-em-abril-no-municipio-de-arapiraca

Alckmin autoriza obras do monotrilho em SP; av. será interditada
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1068956-alckmin-autoriza-obras-do-monotrilho-em-sp-av-sera-interditada.shtml

Veja os obstáculos enfrentados pelos cadeirantes e cegos em SP
http://g1.globo.com/sao-paulo/fotos/2012/03/veja-os-obstaculos-enfrentados-pelos-cadeirantes-e-cegos-em-sp.html

Restrição de caminhões não reduz lentidão na marginal Pinheiros
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1070478-restricao-de-caminhoes-nao-reduz-lentidao-na-marginal-pinheiros.shtml

Clipping – Viadutos da Agamenon

31.03.2012

Projeto de corredor viário na Agamenon Magalhães sofre modificação
http://pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120331101853&assunto=62&onde=VidaUrbana

30.03.2012

Audiência pública debate construção de viadutos na Agamenon
http://www1.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/cotidiano/noticias/arquivos/2011/outubro/1154.html

Viadutos da Agamenon só terão início após estudos de impacto ambiental, diz Ministério Públicohttp://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/grande-recife/noticia/2012/03/30/viadutos-da-agamenon-so-terao-inicio-apos-estudos-de-impacto-ambiental-diz-ministerio-publico-335058.php

Todos contra os viadutos da Agamenon Magalhães. Pelo menos na audiência pública.
http://jconlineblogs.ne10.uol.com.br/deolhonotransito/2012/03/30/todos-contra-os-viadutos-da-agamenon-magalhaes-pelo-menos-na-audiencia-publica/

Governo lança edital e audiência discute obras do corredor da Agamenon
http://pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120330071459&assunto=62&onde=VidaUrbana

Professor da UFPE: viadutos sobre Agamenon priorizam o transporte particular
http://www.diariodepernambuco.com.br/vidaurbana/nota.asp?materia=20120330111513

29.03.2012

Governador anuncia edital para obras na Agamenon
http://www.leiaja.com/noticias/2012/governador-anuncia-edital-para-obras-na-agamenon

Governo lança edital do corredor Norte-Sul na Agamenon Magalhães
http://pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20120329145709&assunto=62&onde=
VidaUrbana

Lançado edital para construção de corredor para ônibus na Agamenon
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/noticia/2012/03/29/lancado-edital-para-construcao-de-corredor-para-onibus-na-agamenon-37500.php

22.03.2012

Audiência pública discute as obras dos viadutos na Agamenon
http://www.diariodepernambuco.com.br/nota.asp?materia=20120322142743

07.03.2012

Eduardo diz que não tem medo de briga judicial com elevados na Agamenon Magalhães
http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2012/03/07/eduardo_diz_que_nao_tem_medo_de_briga_judicial_com_elevados_na_agamenon_magalhaes_127161.php

DP – Mobilização sem jogo político

Matéria publicada no caderno Viver no dia 08/04/2012

Quando perguntado se o OcupeEstelita pode ser estigmatizado como uma mobilização de classe média preocupada exclusivamente com o urbanismo do eixo Casa Forte-Centro-Boa Viagem, Leonardo Cisneiros, professor de Filosofia do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal Rural de Pernambuco, é categórico.

“Existe uma tentativa de se fazer essa crítica, mas não acho que ela funciona, até mesmo porque tentar rotular o grupo dessa forma é só uma maneira de se eximir de discutir as questões levantadas. É atacar o mensageiro para não discutir a mensagem. A gente sempre tem enfatizado nas nossas críticas o impacto global na cidade dos dois projetos que chamam mais a nossa atenção no momento – o para o José Estelita e dos viadutos da Agamenon. E que, portanto, eles afetam indistintamente diversas classes sociais. A Rosa e Silva não serve somente à classe média das Graças, mas também aos trabalhadores de Casa Amarela e aos meus estudantes da UFRPE. Deixar de se preocupar com ela é deixar de se preocupar com todas essas pessoas”, defende o professor.

“No caso do Novo Recife”, acrescenta Cisneiros, “temos enfatizado bastante os impactos sociais negativos que eles podem causar sobre as comunidades carentes ao redor, e também uma possível pressão especulativa sobre Brasília Teimosa. Também estamos alertando desde o começo que a pretensa ‘revitalização’ (ênfase nas aspas) do centro, pretendida com esse e outros projetos (como o do porto), pode tomar a forma de uma expulsão de uma comunidade de moradores e usuários de baixa renda dessas áreas. Em todo caso, eu, Leonardo, não posso deixar de notar como é engraçado que a crítica ao movimento como um movimento de classe média venha para defender um projeto de tão alto luxo e um ‘progresso’ que é para tão poucos”.

O professor de filosofia também ressalta o aspecto apartidário do Occupy recifense. “Em primeiro lugar, eu não quero nem arriscar validar a sugestão de uma caracterização do grupo sob um rótulo partidário. Se é verdade que a maioria dali se apresentaria genericamente como de esquerda, no detalhe é difícil colocar a maioria neste ou naquele partido ou tendência partidária. Mais difícil ainda é rotular essa maioria como ‘ex-petista’, até porque existem, no grupo e fora dele, diversos petistas de carteirinha bastante críticos do PT em todas as esferas de governo”, sublinha.

Cisneiros acredita que uma das atratividades dessa forma de mobilização é justamente poder fugir da necessidade de aceitar grandes blocos ideológicos, como na luta partidária. “Em todo caso, o grupo não tem relações diretas com o jogo político institucional que se desenrola nessas eleições. As motivações são múltiplas e podem até inclui-las, mas, no conjunto, esses interesses individuais acabam se diluindo na forma de interesses mais coletivos e ações que não podem ser manipuladas por interesses políticos particulares. Como não tem estatuto, eleições, mandato, a ‘autoridade’ lá depende muito da sintonia com esse grupo de centenas de pessoas e da qualidade das ideias. Se alguém começasse a tentar puxar o grupo para um interesse político específico, ele rapidamente se esvaziaria”, pondera.

DP – OcupeEstelita discute direitos urbanos

No Recife, um movimento de ocupação do espaço público, com inspiração no Occupy Wall Strett, convoca todos os descontentes com o consórcio Novo Recife Empreendimentos, para tomar as calçadas dos armazéns do Cais José Estelita no próximo domingo (15), das 9h às 16h. Com apoio de diversos segmentos da sociedade, o OcupeEstelita não se opõe apenas à criação, na região central do Recife, de ao menos 12 torres, algumas com mais de 40 andares. O movimento busca manter vivo o debate sobre o modelo de ocupação verticalizado que a cidade adotou nas últimas décadas. No alvo, também está a controversa construção de quatro viadutos sobre a Avenida Agamenon Magalhães.
Cartaz do Movimento OcupeEstelitaSegundo a mobilização, levada a cabo em redes sociais, com destaque para atuação do grupo Direitos Urbanos, no Facebook, o modelo adotado pelas políticas públicas do Recife e do estado desconsidera questões urbanísticas básicas como a mobilidade, a preservação da memória histórica e o arejamento da cidade. Além de semelhanças com o Occupy Wall Street, como a falta de programa e a coordenação difusa, o OcupeEstelita aproxima-se de mobilizações como o movimento paulistano Baixo Centro, associando ações culturais ao discurso político.

“Estamos buscando promover oficinas de pintura de camisas, com as marcas do movimento e algumas bandas e músicos estão se organizando para levar instrumentos. Além disso, ciclistas estão combinando e avaliando a adesão de mais participantes, para irem de bicicleta do Derby até a Bacia do Pina, juntando-se a nós. As pessoas estão livres para manifestar suas ideias da forma como quiserem, sempre respeitando o outro e o patrimônio”, explica Henrique Mafra, designer e estudante de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Pernambuco, e um dos muitos nomes à frente do OcupeEstelita.

Henrique afirma que os simpáticos ao movimento podem levar instrumentos musicais, além de alimentação para quem desejar fazer piquenique.

O projeto de revitalização da área do Cais José Estelita foi apresentado pelas empresas ARA Empreendimentos, Queiroz Galvão, GL Empreendimentos e Moura Dubeux. Em audiências públicas promovidas para discutir a proposta, o diretor de desenvolvimento imobiliário da Moura Dubeux, Eduardo Moura, defendeu que o consórcio Novo Recife preserva o patrimônio histórico e evita os danos ambientais no entorno do bairro de São José.

Editorial JC – O vazio em torno do cais

Editorial do JC em 06/04/2012

Editorial do JC em 06/04/2012 defendendo o Projeto Novo Recife e criticando os grupos que se opõem

Editorial do Jornal do Commercio no dia 06 de abril de 2012. Gerou um belo debate no grupo, com boas contribuições que serão compiladas em breve numa resposta ponto a ponto.

O vazio em torno do cais

Seguindo os exemplos de outras grandes cidades do mundo – como Barcelona, Buenos Aires, Roterdã, Cidade do Cabo – o Rio de Janeiro está dando andamento ao projeto Porto Maravilha, com que se busca a revitalização da área onde está localizado o seu centenário porto, onde vivem 22 mil pessoas com um dos menores índices de desenvolvimento urbano da cidade. A conclusão do processo de transformação da área – devendo abrigar uma população de 100 mil pessoas – está prevista para 2015. O entendimento é de que o Porto Maravilha é necessário para a inserção de uma área de cinco milhões de metros quadrados no planejamento da cidade.
O que isso tem a ver com o Recife ficou bastante visível na apresentação do projeto de reocupação dos antigos armazéns do Cais José Estelita, no Centro do Recife, uma área praticamente abandonada, servindo de abrigo a uma população favelada. O propósito é construir 12 prédios, criação de praças, ciclovias, bares, restaurantes, quiosques, pista de cooper, abertura e criação de ruas para diminuir o impacto do trânsito na área. Como no Rio e todos os grandes centros urbanos que revitalizaram seus portos, o projeto do Recife tem um caráter estruturador para qualquer plano urbano que se queira fazer para a cidade.
Simplificadamente, a cidade pode ser entendida como um produto do porto. Foi em decorrência das condições naturais para abrigar navios que no século 17 os holandeses escolheram o Recife para se instalar. Foi em função da atividade econômica como a produção do açúcar e o embarque no Porto que a cidade ganhou a feição que preserva ainda hoje na área que inclui o Cais José Estelita. Mas há muito tempo o Porto do Recife não é o mesmo que exigiu as grandes reformas urbanas da segunda década do século passado, o transporte ferroviário há muitos anos deixou de ocupar a área central da cidade, mesmo o transporte coletivo do interior para a capital, por ônibus, saiu das proximidades do Cais para a periferia da cidade, o que significa dizer: a estrutura urbana do Recife em sua área mais central está completamente alterada, mas parece que algumas pessoas ainda não viram isso.
Não viram que a cidade precisa ser repensada e isso exige grandes empreendimentos, como esse que é oferecido para o Cais José Estelita, com repercussão imediata no mercado de trabalho, na qualidade de vida para muitas pessoas que terão oportunidade de se beneficiar com os equipamentos sociais ali instalados, e para toda a cidade, pelo processo de renovação do que está degradado. Não se trata de se interferir em espaços históricos ou deformar algum caráter cultural específico da cidade. Trata-se, sim, de dar a um espaço degradado a possibilidade de inserção em um grande plano urbanístico, para o qual – aí sim – se deveriam voltar todas as atenções, inclusive desses grupos que se colocam contra o projeto do Cais. Honestamente, não dá para entender essa posição contrária à melhoria do Centro da cidade do Recife.


Atendendo a pedidos, o link para a discussão no Facebook sobre o editorial:

 https://www.facebook.com/groups/233491833415070/241963519234568/

JC – Novo bairro no Cais José Estelita acende polêmica

Novo bairro no Cais José Estelita acende polêmica (JC 22/03/2012)

Debaixo de vaias e com a rejeição do público, a construtora Moura Dubeux apresentou na quinta-feira (23), pela primeira vez, o projeto de reocupação dos antigos armazéns do Cais José Estelita, no Centro do Recife. Continuar lendo

Executivos conhecem o funcionamento do VLT

Executivos conhecem o funcionamento do VLT

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
29/03/2012 | 07h35 | Suape

Executivos do Complexo Industrial Portuário de Suape conhecem esta manhã o funcionamento do veículo leve sobre trilhos, mais conhecido como VLT. Continuar lendo

Pé na Rua sobre o Projeto Novo Recife